quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Plantas e algas verdes, pardas e vermelhas

Algas verdes, pardas e vermelhas

A maioria das algas é aquática, mas elas também podem ser encontradas em locais úmidos. As algas são talófitas, ou seja, possuem talo ao invés de caules ou folhas. Elas reproduzem sexuada e/ou assexuadamente e assumem o papel de produtoras na cadeia alimentar. Além de serem apreciadas como alimento, também são fontes de produtos gelatinosos que dão consistência a doces, sorvetes, pasta de dente, etc. Também são usadas como adubo.
As algas são autótrofas, ou seja, produzem seu próprio alimento através da fotossíntese . Para isso elas absorvem energia da luz solar por meio da clorofila. Além dessa substância elas possuem outros pigmentos que ajudam a clorofila em sua função. Com base na predominância desses pigmentos, classificam-se as algas em três grupos: clorofíceas, feofíceas e rodofíceas.
Nas clorofíceas, ou algas verdes, os pigmentos verdes são mais abundantes. Algumas de suas espécies mantêm as associações do tipo mutualismo com fungos, formando os liquens.
Nas feofíceas, ou algas pardas, predominam os pigmentos marrons. Já as rodofíceas, ou algas vermelhas, possuem em maior abundância os pigmentos vermelhos. São algumas dessas últimas que contribuem para a formação dos recifes calcários.

Briófitas e pteridófitas



As briófitas são plantas avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de seiva. Suas estruturas corporais são chamadas caulóide, rizóide, filóide, os quais não podem ser considerados caule, raiz e folha verdadeiros. Esse é o motivo dessas plantas serem de pequeno porte, já que o transporte de nutrientes pelo corpo delas é feito célula a célula. As briófitas mais conhecidas são os musgos,os quais vivem, geralmente, em locais úmidos pois necessitam de água para reproduzirem. O gametófito, produtor de gametas,é a parte duradoura da planta,que faz fotossíntese. Já o esporófito produz os esporos e depois de liberá-los, morre. Outro exemplo de briófitas são as hepáticas.Na figura a cima mostra a reprodução dos musgos.
As samambaias e as avencas são as pteridófitas mais conhecidas por serem muito utilizadas como plantas ornamentais. Diferente dos musgos, essas possuem vasos condutores de seiva, o que permite essas plantas a atingirem tamanhos muito maiores que os das briófitas e suas estruturas corporais podem ser chamadas de raiz, caule,e folha. A maioria dos caules da mesma é subterrâneo ou rastejante e, por isso, é chamado rizoma.

Nas pteridófitas o gametófito,também chamado de prótalo, é a parte não duradoura produtora de gametas, e o esporófito, produtor de esporos,a parte duradoura. Assim como as briófitas, essas plantas dependem da água para a reprodução sexuada. Por isso elas também são mais comuns.Na figura ao lado mostra a reprodução de uma samambaia

Gimnospermas



As gimnospermas são plantas bem adaptadas aos climas frios ou temperadas. Elas formam as florestas de pinheiros do hemisfério norte e a mata das Araucárias, encontrada no sul do Brasil e em parte da Argentina.
Os pinheiros em geral são bastante explorados para exploração de madeira e produção de papel. Delas também se retiram resinas usadas na produção de solventes e de vernizes.

As grandes sequóias, que só existem em algumas regiões do hemisfério norte.O cipreste, que forma as cercas vivas. As tuias, que entre nós costumam ser enfeitadas como árvores de Natal. O sagu-de-jardim ,ou palmerinhas. O pinheirinho-bravo, ou podocarpo, que tem sido cultivado para a utilização em paisagismo. Como as pteríofitas, as gimnospermas possuem vasos condutores de seiva o que lhes permite ter grande porte. Se examinarmos a folha de um pinheiro maduro, no entanto veremos logo uma diferença importante em relação às pteridófitas:além de folhas encarregadas de realizar a fotossíntese, encontramos ramos co folhas especializadas na produção: os estróbilos,ou cones. O nome do principal grupo de gimnospermas: as coníferas.
Então, ao contrário das plantas como sementes ficam bem visíveis. As gimnospermas não dependem da água para reproduzir, como ocorre nos musgos e samambaias: os gametas masculinos são levados inicialmente pelo vento, dentro do grão de pólen,e, depois pelo tubo polínico.Quando a semente germina, o embrião se nutre das reservas alimentares da semente até que as primeiras raízes e folhas se desenvolvem. Daí em diante, a pequena planta passa a reproduzir ela mesma, por meio da fotossíntese, as substâncias orgânicas de que necessita.Na figura a cima mostra a reprodução das gimnospermas.

Angiospermas: raiz, caule e folhas


Entre os vegetais, as angiospermas têm o maior número de espécie e, no ambiente terrestre, elas são as principais produtores de matéria orgânica. Além disso, muitas delas como o arroz, trigo, o milho, a batata, o feijão, as verduras, as frutas, etc. Nos servem de alimento.

A raiz


Na figura abaixo mostra a seiva bruta (água e sais minerais) levada da raiz até as folhas é transformada em açúcares, formando a seiva elaborada
A água e os sais minerais formam a chamada seiva brutal ou mineral. Essa seiva é levada por um conjunto de tubos de canais, os vasos lenhosos, que, partindo das raízes percorrem o caule, os ramos e chegam até as folhas. Nas folhas, com energia da luz e pelo processo de fotossíntese, são produzidos os açúcares, que formam a seiva orgânica ou elaborada. Essa seiva é transportada por outro conjunto de vasos, os vasos liberianos, para a planta toda, inclusive a raiz. Com os açúcares, a planta produz outras substâncias orgânicas. As raízes em geral são terrestres e subterrâneas, mas há também raízes aquáticas, como as das orquídeas. No caso das orquídeas, que vivem apoiadas em outras plantas, as raízes absorvem a umidade do ar e ajudam a prendê-las à planta de apoio.
O capim, a cana-de-açúcar e o milho entre outras plantas, possuem raízes numerosas e finas, todas do mesmo tamanho e que saem da mesma região do caule. Raízes como essas são denominadas fasciculares, ou em cabeleira. Esse tipo de raiz é pouco profundo e, por isso, absorve a água e sais minerais das camadas mais superficiais do solo. Plantas com esse tipo de raiz contribuem para diminuir a erosão provocada pela chuva, pois a raízes funcionam como uma espécie de rede que segura o solo.
Em outras plantas como a laranjeira, a mangueira, o abacateiro, a goiabeira o feijão e o café existem uma raiz principal, maior que as outras, da qual partem ramificações. Esse tipo de raiz recebe o nome de raiz axial, ou pivotante.
Na figua a baixo mostra as partes de uma raiz.
A raiz axial, que dá grande sustentação à planta, absorve água e sais minerais da camadas mais profundas do solo.Na ponta da raiz a coifa, que forma de um capuz. A coifa protege as células que estão por baixo dela e que dividem constantemente, originando novas células. As novas células substituem as células da coifa que a raiz penetra no solo. Elas contribuem para crescimento da raiz, mas maior parte do crescimento desse órgão ocorre pelo alongamento das células da chamada região lisa, ou de crescimento.
Há ainda a região pilífera, na qual crescem pêlos finíssimos os pêlos absorventes. Eles aumentam a superfície de contato da raiz com o solo e, conseqüentemente, a capacidade de absorção de água e sais minerais. Os pêlos absorventes são projeções de epiderme, a camada de células que cobre a superfície da raiz.
Finalmente, a raiz apresenta a região de ramificação,de onde saem as raízes secundárias.
As raízes crescem para baixo, ou seja, em direção a Terra. A raiz possui o, geotropismo positivo. Essa reação é controlada por substância química chamadas hormônios que contribui para o aprofundamento da raiz no solo.

O caule

O caule sustenta as folhas e as mantém, geralmente, em posição elevada, o que facilita a captação de luz, necessária para a fotossíntese. Na ponta superior do caule fica a gema, ou broto terminal, um conjunto de células que se multiplicam e fazem o caule crescer em altura. As regiões de onde partem as folhas e os ramos são chamadas nós, e as regiões existentes entre nós são os entrenós. Nos nós encontramos células do mesmo tipo daquelas que existem no broto terminal: são as gemas auxiliares, ou laterais.
Na figura ao lado mostra as partes do caule, que assim como a raiz apresenta regiões diferenciadas.
As células das gemas laterais podem ficar dormentes ou então se multiplicar e originar ramos, folhas e flores. Em geral, quando o broto terminal da planta é cortado, as células das gemas laterais passam a se multiplicar e originam novos ramos.
O caule da maioria das plantas é aéreo e, em geral, cresce para cima: gravitropismo negativo. Isso que dizer que ela cresce para longe do centro da Terra.
Esse tipo de reação, chamado de fototropismo positivo, tem uma conseqüência vantajosa para a planta: as folhas que não estavam sendo iluminadas passam a receber luz. Outros crescem abaixo do solo: são os caules subterrâneos.
Alguns caules apresentam modificações e adaptações das plantas. Como os espinhos que são ramos pote agudos com função protetora, como os que existem nos limoeiros e nas laranjeiras. As roseiras são espinhos verdadeiros. Elas se originam de ramos, e sim de pêlos rígidos e pontudos, formados na epiderme do caule. Seu nome correto é acúleos. As gavinhas, ramos que se enrolam em volta de suporte, são também adaptações encontradas em alguns caules, como no chuchu, no maracujá e na uva.

As folhas

As folhas são órgãos ricos em células co clorofila, que fazem a fotossíntese. As folhas são cobertas por uma cutícula, ou película, formada por uma substância impermeável, a cutina, que as protege a ajuda a diminuir a perda de água por evaporação.Na figura a baixo mostra uma folha completa .
O limbo é a parte mais larga onde se encontram as nervuras, formadas pelos vasos condutores de seiva. O pecíolo é a haste que pende a folha ao caule. A bainha é uma dilatação da base do pecíolo, que envolve o caule e a melhora da fixação da folha a ele. Em algumas folhas denominadas composta o limbo é divido em várias partes, chamadas folíolos. A divisão do limbo é uma adaptação da planta: quanto mais larga uma folha, mais probabilidade ela tem de se partir com vento, mas folhas largas com limbo dividido em folíolos resistem melhor ao vento. Algumas folhas apresentem adaptações especiais: como o espinho, as gavinhas e as brácteas.

Angiospermas:flores, frutos e sementes


As flores

A flor é a estrutura reprodutora das angiospermas nela ocorrem a fecundação, a formação do fruto e a produção da semente. Na base da flor estão as sépalas, que geralmente são verdes e protegem o botão contra animais herbívoros e parasitas. O conjunto das sépalas é denominado cálice. As pétalas formam a corola. Os estames são os elementos masculinos da flor. Neles são produzidos os grãos de pólen, que carregam a célula reprodutora masculina. O grão de pólen év produzido na ponta do estame, a antera, que fica presa à flor por uma haste, o filete. O conjunto de estames forma o gineceu.
Os carpelos formam a parte feminina da flor, e seu conjunto é o gineceu. No gineceu é produzida a oosfera, a célula reprodutora feminina. Depois da fecundação, a oosfera vai originar o zigoto, que se transformará no embrião.Na figura acima mostra as partes de uma flor.

A polinização nas angiospermas

Na maioria das espécies vegetais a planta produz flores hermafroditas, isto é, um único tipo de flor que possui androceu e gineceu. Os insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen transportam os grãos de pólen de uma flor para outra, promovendo a reprodução sexuada das plantas. O transporte de pólen chama-se polinização, e os animais que fazem esse transporte são chamados agentes polinizadores, ou polinizadores simplesmente. Esse é mais um caso de mutualismo, quer dizer, de uma associação entre duas espécies que ambas se beneficiam.Na figura acima mostra um inseto contribuindo para a polinização e para a reprodução da planta.

A fecundação nas angiospermas

Na parte superior do gineceu geralmente há uma dilatação, chamada estigma, coberta por um líquido pegajoso. Esse líquido ajuda a prender os grãos de pólen trazidos pelo vento ou pelos animais polinizadores. O estima se comunica com o ovário, que é a parte inferior do gineceu, por um canal, o estilete.
Dentro do ovário podemos encontrar uma ou mais cápsulas, os óvulos. No interior do óvulo está a oosfera, a gameta da planta. Ao atingir o estima da flor, o grão de pólen germina e forma um tubo, o tubo polínico. O tubo polínico cresce em direção ao ovário, ao longo do estilete.
Dentro do tubo polínico, existem dois núcleos, que correspondem a dois gametas masculinos. São chamados núcleos espermáticos. Um dos núcleos espermáticos une-se à oosfera, produzindo o zigoto, que, após inúmeras divisões, origina o embrião. Após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o embrião se dês envolvem, e o conjunto todo forma a semente. O ovário, onde está o óvulo, também se desenvolve e se origina do fruto.Na figura acima mostra a reprodução das plantas com flores.

Os frutos

Melancia, melão, abacate, pêssego, manga, goiaba, tomate, uva, limão e laranja são alguns exemplos de frutos carnosos, ou seja, suculentos e ricos em açúcares e outras substâncias nutritivas.
Essas substâncias geralmente se encontram na parte do fruto chamada mesocarpo, que está envolvida pela casca, o epicarpo. A parte mais interna do fruto, o endocarpo, envolve e protege a semente. O epicarpo, o mesocarpo e endocarpo formam o pericarpo.
Existem frutos que não têm o pericarpo suculento, como os frutos carnosos: são os frutos secos. Alguns frutos secos se abrem quando maduros, liberando as sementes.
São chamados frutos deiscentes, como, por exemplo, as vagens de feijão, de soja, de ervilha e de amendoim. Outros como frutos do milho, do arroz, do trigo, da noz e do girassol, se mantêm fechados. São chamados de indeiscentes. Nesse caso, cada grão é um fruto que contém uma única semente.

O fruto e a dispersão da semente

Algumas vezes as sementes ingeridas por animais são digeridas e, portanto, são sementes perdidas em termos de reprodução. Outras vezes certos animais, como esquilos e pássaros, enterram as sementes para comê-los depois, mas não encontram todas as sementes enterradas. Algumas delas sobrevivem e acabam germinando.
Mas a dispersão da semente não é feita apenas por meio de frutos ingeridos por animais.
-Os frutos de plantas que crescem próximas a rios ou mares, como o coqueiro, caem na água e podem ser levados para praias distantes.
-Os frutos de plantas como o carrapicho se prendem aos pêlos de animais por meio de ganchos ou substâncias pegajosas.
-Certos frutos, como os das plantas dente-de-leão, são muitas leves, o que permite sua dispersão pelo vento.

As sementes

Na semente, além das partes que vão originar a raiz, o caule e as folhas e planta, encontramos os cotilédones.
Nas plantas conhecidas como dicotiledôneas como na imagem do feijão ao lado , há dois cotilédones, que em geral, são bem desenvolvidos e contêm a reserva de alimentos para o embrião. Nas monocotiledôneas como na imagem do milho ao lado,há apenas um cotilédone, que absorve os nutrientes do endosperma e os passa para as regiões de crescimento do embrião.
A germinação da semente é o processo pelo qual o embrião retoma seu crescimento e se desenvolve em uma nova planta. Isso ocorre quando aas condições do ambiente são favoráveis em presença de água suficiente e temperatura adequada.
Algumas sementes passam por um período de dormência e só germinam após certos estímulos do ambiente. As sementes das regiões frias, por exemplo, só germinam depois de ficarem um longo tempo expostas ao frio. Essa adaptação permite que a planta só se desenvolve após o inverno, quando a temperatura e outras condições ambiente são adequadas.
Outras sementes só brotam na época das chuvas, quando há muita água disponível.
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